sábado, 5 de março de 2011

Musicoterapia em geriatria

O idoso é estimulado a retomar movimentos corporais, ao mesmo tempo em que vê resgatada a sua memória como um todo.

O trabalho musicoterápico em geriatria deve ser, de certa forma, diferente do que deve-se desempenhar com outros pacientes, tendo por objetivo geral a alteração de seu comportamento e a ampliação de suas capacidades. O tratamento musicoterápico oferecerá ao idoso a oportunidade, num primeiro momento, de estimulação às suas atividades mnêmicas (processo de ajuda ou de treinar a memória), atingindo, a partir delas, as demais funções cognitivas. O ato de tocar, cantar, improvisar, criar e partilhar experiências, entre outras atividades, propicia a elaboração de conteúdos mentais mais complexos a partir de sua produção sonoro-musical. O idoso é estimulado a retomar movimentos corporais, ao mesmo tempo em que vê resgatada a sua memória como um todo (Souza, 1997).
Além da cognição, a música pode proporcionar estímulos fisiológicos, influenciando o ritmo cardíaco e pressão sanguínea, facilitando a movimentação das extremidades superiores e inferiores do corpo, as fortalecendo (Blasco,1999). Também exerce grande influência sobre a auto-estima do paciente, trabalhando seus aspectos emocionais.
 
A Musicoterapia tem como função principal, no tratamento com a terceira idade,
restabelecer a auto-estima do idoso frente às suas potencialidades, ao meio que
o cerca e a que pertence. Ao restituir esta capacidade de crença em si mesmo, de
sua potência como sujeito, o idoso restabelece o crédito diante do social,
alterando para melhor o conceito que a sociedade tem dele e ele de si mesmo.
(Cerqueira de Souza, 2006).
 

No trabalho musicoterápico, é fundamental que o musicoterapeuta tenha um conhecimento aprofundado das músicas que fizeram e fazem parte do universo musical do paciente, a fim de criar um ambiente propício para o fluir da linguagem musical e de seus aspectos terapêuticos.


Principais Objetivos da Musicoterapia com Pacientes Geriátricos


- Reforçar ou reestabelecer o ritmo de marcha: Por diversas causas, o idoso pode apresentar dificuldade de locomoção e de equilíbrio, dificultando até mesmo a sua própria marcha. A utilização de músicas com o ritmo e a pulsação bem marcados auxiliará o paciente a reestabelecer-se quanto a esta necessidade.
 
 - Estimulação da fala: Muitas vezes, em decorrência à doença, o paciente geriátrico tem seu processo de comunicação verbal afetado. Porém, estas dificuldades podem ou não se apresentar, ou se apresentar com menor intensidade, na utilização do canto. Estimulando o canto, podemos estimular a musculatura facial e as áreas cerebrais envolvidas, auxiliando o processo de reabilitação.

 - Estimulação da memória:  A memória geralmente apresenta debilitações na maioria dos idosos, seja pelo processo normal de envelhecimento ou pelo surgimento de uma demência. A música, porém, traz reminiscências do passado, e ajuda no resgate de lembranças.
 

 - Estimulação da Cognição: O processo cognitivo se altera com o avanço da idade, se tornando mais lento. Aprender novas músicas, ou relembra-las, tocar instrumentos musicais e reforçar associações pode se tornar um meio excelente de estimular a cognição e estimular o raciocínio, ajudando até mesmo a prevenir ou retardar doenças associadas à demências.

 - Força Muscular: Os idosos perdem massa e força muscular com o passar dos anos. Estimula-los com instrumentos musicais de percussão que exijam um maior trabalho muscular, ou trabalhar o corpo através da música (dança, alongamentos), pode ser de grande ajuda para a manutenção e desenvolvimento desses músculos.

 - Motricidade: A motricidade fina é uma grande dificuldade encontrada pelos pacientes geriátricos. Através de instrumentos que utilizem baquetas, do teclado ou do piano, podemos obter meios excelentes de estimulação neste requisito.

 - Depressão: A música é, na maioria das vezes, prazerosa, auxiliando o idoso
não só nos aspectos físicos como também em seus aspectos emocionais. A música propicia momentos prazerosos, onde o idoso tem a possibilidade de expressar as suas emoções e também lidar com seus sentimentos de perda, seus medos e tristezas.

 - Solidão: Os idosos institucionalizados têm maior tendência a sentirem solidão e abandono. A música possibilita, através de seu potencial integrador, que os moradores dessas instituições se conheçam e compartilhem suas vivências e experiências, aprendendo a lidar e a apreciar a companhia de outros idosos, o que auxilia na formação de círculos de amizade e convivência, além de ampliar os momentos de satisfação proporcionados pela vivência grupal.
 

FONTE: http://musicoterapia-saopaulo.blogspot.com/2008/08/musicoterapia-na-terceira-idade.html

Um comentário:

  1. Prezados (as) boa noite,

    meu nome é Luna Petermann, sou diretora do Portal da Fisioterapia (www.portaldafisioterapia.com.br), estou acompanhando diariamente em nosso painel de controle um acesso muito grande vindo do blog de vocês e constatei muitas, diversas cópias de imagens e artigos que estão sendo retirados de nosso Portal sem citarem a nossa fonte !

    Tal fato me chamou atenção pois as cópias estão abusivas e em nenhuma delas vocês citam o Portal da Fisioterapia como fonte, quero esclarecer que a internet é livre para todos,portanto nossos artigos e imagens são liberados para cópia desde que citem o PORTAL DA FISIOTERAPIA como fonte de captação do material.

    Estamos a 6 anos no ar e hoje formamos a maior comunidade de fisioterapeutas na internet, ficamos honrados de tê-los como usuários, mas é preciso ter respeito com o material alheio, se vocês observarem em todos os nossos 2.000 artigos postados TODOS sem exceção tem a fonte citada.

    Sendo assim, peço-lhes o favor de citarem o PORTAL DA FISIOTERAPIA (www.portaldafisioterapia.com.br) em todo o material que já está no blog de vocês que pertence ao Portal da Fisioterapia,assim como nos proximos que forem postados.

    Obrigada,

    att,

    Luna Petermann
    (Diretora do Portal da Fisioterapia)
    www.portaldafisioterapia.com.br

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